terça-feira, 22 de janeiro de 2013

TRILHA

A vida pode ser um pinguinho de chuva e pode ser um dilúvio. Poder ser um raio de sol tênue e frágil, mas pode também, ser quente e iluminada como dias que vão até às 19h... No estilo do horário de verão!
Tempestade, garoa, nublada, mormaço, ensolarada ou não, que haja sempre ventinho no rosto, uma sombrinha de árvore pra pegar fôlego, um pouco de água pra hidratar, arte pra alimentar a alma, algum fruto pra alimentar o corpo, imaginação, amor, bondade nos olhos e muita disposição pra continuar a trilha!!! Com o tempo, independente das condições, a gente aprende a caminhar...
 
Maris Figueiredo

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O BEM (DITO)

BENDITO SEJA
A PENA QUE  REVELA
A PLASTICIDADE NA PALMA DAS MÃOS

DO BARRO, DO PENSAMENTO
O QUE SE TRANSFORMA
MOLDADO PELO  ATO DA CRIAÇÃO

BENDITA SEJA
A LUZ QUE GUIA
SEM ILUSÃO DE ÓTICA
ACENDE UM CLARÃO
SONORIZANDO  O  PRELÚDIO
NO MOMENTO EM QUE A REALIDADE CAÓTICA
ESCORREGA NA ESCURIDÃO


BENDITA SEJA
A IMORTALIDADE PATERNA
E SUA CARAVELA DE CARRANCAS SENSATAS

DESCOBRI QUE ONDE PARECE NÃO HAVER  DOÇURAS 
PODE HAVER ALMAS ENCANTADAS 

QUE A  BONDADE NEM SEMPRE BELA APARENTE
ALÇA VELAS LEVANDO A GENTE
ATÉ ONDE O POSSÍVEL SE DESVELA
AO CORAÇÃO

...
MAREJO
BENDIGO

AO IMPOSSÍVEL ESCREVO CARTAS
AGUARDANDO  METAFORICAMENTE A RESPOSTA
QUE AOS OLHOS ESCAPA...

MAREJO

NA IMAGEM NADA CASTA DA MOÇA MEDIEVAL ULTRAPASSADA, DA MULHER CELTA QUE ENCORAJA ... E DE TANTAS PERSONALIDADES QUE NOMEIO DE ALADAS,

POVOANDO OS MEUS SONHOS QUE FLORESCEM DAS REMINISCÊNCIAS DE LUAS QUE TRANSCENDEM A RAZÃO.




MARIS FIGUEIREDO


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESQUECIMENTO E BUSCAS...

Ser uma das lacunas pela busca de sentido. E sentir que dói fundo
Essa busca
...

Quando sofro o confronto com dias claros, é que gosto ainda mais, dos meus óculos escuros
... 

 Embaralhar-se em questionamentos, ter um desejo de sossego inteligível, imaginar um lugar onde a razão não exista em função da dicotomia razão e sentimento
...


 Não nego o conflito diário
Os contrastes
Contradições 
Contrações
...

Eu olho no espelho
Mas nem sempre vejo o que realmente estou e
vez ou outra, eu gostaria de entender um pouco mais de mim só pra variar
...  

Me esqueço, às vezes, entre as obrigações diárias:
Na lista de prioridades para o ano
No beijo que prometi 
Naquele abraço que recebi e foi tão bom que não consegui aproveitar

...  
Me esqueço, às vezes, entre os emaranhados de cordões que se confundiram no armário
Me esqueço nas crises de TPM
Nos sonhos que adormeci
Nos ideais que acalentei 
Nas páginas dos livros que marquei pra um dia retornar
...

 E quando nada parece restar daquilo
que parecia "ser" ...Dá uma vontade irresistível de parar o mundo literalmente!

Mergulhar nas águas espelhadas
Refletidas de  "egos", "ids" e "superegos"  
Para redescobrir o que sou
Nesta pluralidade de
"Deus"
"Meus"
"Eus"

    Maris Figueiredo

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

MÚSICA NOS PÉS

Os pássaros cantam, piam na cidade entre casas, prédios e algumas poucas árvores durante todo o ano. Seus poleiros são os telhados, varais, antenas, portões...

Somos tão senhores e donos de nada. O nada que paradoxalmente se materializa em nossas ações egoístas e egocêntricas! E nada é capaz de nos fazer enxergar o que está a nossa frente, exceto quando tocados pelo sincero sentimento de ternura, compaixão, gratidão... Ou de dor.

Fiquei observando no último dia do ano uma cena comum do cotidiano: os pássaros na cidade! Eles voavam e alguns pousavam nos fios que mal comparando, lembravam uma pauta musical, claro que com menos "linhas". Uma pauta de fios  e cabos que "alimentam" e conectam os ninhos de alvenaria quase totalmente confortáveis e seguros, exceto, pela fragilidade real que não percebemos, decorrente do valor ilusório que damos a tantas coisas sem valor...

 Imaginei que aquelas pequenina criaturas poderiam ser notas...E que aquelas linhas de fios pretos poderiam ser o registro de uma música despretensiosa, ali escrita pelos pezinhos de pardais empoleirados que não permaneciam parados por muito tempo...

E num cenário urbano e tão avesso, tão hostil, vi mais uma vez que a vida é ousada, simples, debochada, escancarada e verdadeira... Se faz linda mesmo, independente da adversidade!

Maris Figueiredo



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AMORDEMAR




EMBRIAGADO NOS SONHOS DE ONTEM
LANÇADOS

PENSEI QUANTOS TERÃO SE ENTRELAÇADO
FEITO AS REDES QUE REBANHAM
OS PEIXES SOBREVIVENTES
DE TANTO DESCASO

O MAR, ENTÃO, CARREGADO
DE DESCARREGOS VARIADOS
ABRAÇA A AREIA
BRAVO
ESPUMANDO O VAI E VEM DA VIDA
INTERMINÁVEL DE RESTOS DO QUE CHAMAM FESTA

TÃO
DOCE E MISTERIOSO. BARULHENTO E SILENCIOSO...
PARECE EFEITO DA POESIA IMPRESSIONISTA

A DIVINDADE PINCELOU NELE
O ETERNO, O BELO E A MANSUETUDE...


TODO HARMONIA EM CONTRASTES
SOMBRAS E LUZES

ESCUTO E FECHO OS OLHOS
SINTO...

RESPEITO O MAR...
SUA CORAGEM EM MOSTRAR-SE

UM DIA AMA E SURPREENDE
NOUTRO DEVOLVE O QUE GANHOU E NÃO CONSIDERA PRESENTE

E SE RECOLHE NA CALMARIA E  BRAVURA
DE QUEM PRA SEMPRE É MAJESTOSO EM SUA SIMPLICIDADE

MARIS FIGUEIREDO