segunda-feira, 21 de setembro de 2015

RECADOS EM GUARDANAPO.... PERDI A CONTA I






Uma honra seria assumir a personagem de um romance repleto de aventuras fantasiosas... Em um mundo tão burocratizado, onde papéis e planilhas são ditas como "verdades"... Não seria tão imbecil dizer que vivemos num mundo mágico! O Fantástico Mundo de Bob!



Maris Figueiredo

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

RECADOS EM GUARDANAPO XVI



ÀS VEZES, CONTO
CANTO TANTO, RODO
CIRANDA, TONTA

PLANOS
MAPAS
ROTAS
ESPANTO

FALTA  AR
ALMA SOLTA
SALTA
ALTO, NAUTA


 


MARIS FIGUEIREDO

PREDESTINAÇÃO DE NADA SER



VAGA (LUMES) NOS PÉS
EM ACESAS ESPERANÇAS

MUITAS SÃO AS ALADAS
ASAS SOPRADAS
AO INFINITO INUSITADO

DELICADO SUSPIRO
NO ADEUS DOBRADO
BALLET INESPERADO

RODAR RODAR RODAR





MARIS FIGUEIREDO

O QUE TEM PRA HOJE...


O andar das Marias
Sem o essencial do ser da maturidade humana
Em retrocesso ao neandertal

Um atrás do outro

Tem fila

No metrô, ônibus, supermercado, banco, na central...

Eis o que tem pra hoje:

Despencados na idiotice e na obediência cega
Premiados por estrelinhas amarelas
Desde de tenra idade, os melhores
Distorcemos o filamento que se diz
Progressivo, dessa injusta genética social

Eis o que tem pra hoje:

Aprender a competir para ganhar a vida toda
Pois os bem sucedidos, preparados,
Ostentam ter tanto
Que o Ser jaz
Morreu
Sem funeral


Maris M. Figueiredo

SOBRE A ALMA

NÃO TER COMO VOLTAR DO PESADELO E DE REPENTE PERCEBER QUE JÁ NÃO SONHO, NÃO HÁ MAIS O CORPO PRA APORTAR. ESTAREI CARA A CARA COM MINHAS OBRAS, MINHAS CONSTRUÇÕES...
QUE SEJAM CONSTRUÇÕES FELIZES PRA QUE EU NÃO SINTA VONTADE DE FUGIR DE MIM MESMO, ALIÁS, ALGO IMPOSSÍVEL, POIS SOMOS HERDEIROS DAS PRÓPRIAS OBRAS...

MARIS FIGUEIREDO


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

DA VERDADE QUE SE ENTREGA


No céu quedou a noite
Que tudo encobriu

Silenciosas eram as
sombras das candeias  acesas

E o sol
Luz amarela
Iluminava outro palco

Eu te esperei
No espetáculo da estreia

Com atos inéditos
E textos poéticos

Quase alados

E eu poderia voar da cadeira
Qualquer hora dessas

Deixei de ser personagem principal
Para ser tua plateia

...



Maris Figueiredo




LICENÇA POÉTICA PARA IR EMBORA - "NAS POSTAGENS DO FACE"




"Pra onde você vai quando fecha os olhos?"

Vou pra dentro, vejo fora, vejo além do agora...
Vou fundo, vou zen, vou fora.... Fora de hora, da lei, das boas maneiras... Sem tempo, a tempo, ventando, correndo... Ao encontro, ao desencontro, ao achado, ao perdido... Um tempo esquecido lá nas bagagens do meu peito adormecido...

Vou de amores, com roupas de sonhos, abandonando nomes... Chorando de alegria, despida de qualquer certeza ou endereços...
De braços abertos, sentindo o gosto do vento no rosto...Vou ficando, vou sendo, estando, indo, me buscando, vou nascendo, me recriando e ao mesmo tempo, vou chegando e vou embora...



MARIS FIGUEIREDO