O andar das Marias
Sem o essencial do ser da maturidade humana
Em retrocesso ao neandertal
Um atrás do outro
Tem fila
No metrô, ônibus, supermercado, banco, na central...
Eis o que tem pra hoje:
Despencados na idiotice e na obediência cega
Premiados por estrelinhas amarelas
Desde de tenra idade, os melhores
Distorcemos o filamento que se diz
Progressivo, dessa injusta genética social
Eis o que tem pra hoje:
Aprender a competir para ganhar a vida toda
Pois os bem sucedidos, preparados,
Ostentam ter tanto
Que o Ser jaz
Morreu
Sem funeral
Maris M. Figueiredo